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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Taxonomia dos Objetivos no Ensino (I)

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Resumo

Os objetivos de ensino são indispensáveis ao planejamento do gestor, do orientador educacional e do educador. Ensinar implica em intencionalidade. Não existe ensino neutro, sem objetivos, sem ideais. Ensinar “o quê” tem a ver com o conteúdo, mas em “ensinar para quê?” tem a ver com objetivos, intencionalidades e criticidade. Quem ensina deve ser capaz de explicar teoricamente os objetivos de seu ensino, do planejamento, da seleção dos recursos e métodos. Portanto, O uso crítico e criativo da taxonomia dos objetivos educacionais de Bloom e de seus revisores não é apenas necessário como também indispensável para uma prática docente crítica e contextualizada com os desafios da sociedade pós-moderna. Desde a década de 1950 a taxonomia dos objetivos educacionais de Bloom tem sido empregada por educadores na organização e classificação de objetivos educacionais cognitivos, afetivos e psicomotores. Mas como essa taxonomia insere-se dentro das mudanças dos paradigmas educacionais de nosso tempo? O propósito da presente pesquisa é duplo. O primeiro é orientar o professor quanto à história e a importância da taxonomia de Bloom para o ensino. O segundo é proporcionar ao professor uma revisão da taxonomia e seu emprego na prática docente. Esses dois propósitos norteadores resultam de minha própria experiência como formado e formador, uma vez que há uma lacuna na formação do futuro pedagogo quanto à taxonomia de Bloom e sua revisão crítica. Alguns formadores passaram pela formação sem ao menos conhecer a teoria, ou apenas conhecem-na superficialmente. Portanto, nossa intenção não é dirimir controvérsias, e muito menos ensinar ao professor a necessidade e importância dos objetivos de ensino, mas servir de fundamento para pesquisas posteriores.

Palavras-chave: taxonomia; objetivos; ensino-aprendizagem.

Introdução

Cedo na história, o sujeito deu-se conta da variedade de coisas que o cerca. Como organizar, classificar os seres animados e inanimados, os objetos, as esferas celestes entre outros elementos visíveis e invisíveis, sensíveis e palpáveis? Dessa necessidade resulta a plausibilidade da taxonomia que, tendo como relevante ponto de partida a classificação de Aristóteles no século IV a.C., desenvolveu-se tomando sua forma mais expressiva em Lineu, durante o século XVIII da era cristã. Embora empregada desde sua origem aristotélica na classificação dos seres vivos, é usada desmesuradamente na classificação, organização e seriação de várias coisas em diversas ciências, entre elas, a pedagogia, para delimitar, compor e sintetizar uma categoria, classe, grupo, subgrupos, etc.

1. Mimese: Uma prática em busca de uma teoria

Em fins da década de 1980, deu-se inicio ao meu primeiro contato consciente com a taxonomia educacional. Embora professor de Educação Cristã desde 1985, somente no crepúsculo do decênio é que conheci a taxonomia, a vetusta ciência de Lineu. Essa primeira experiência ocorreu em uma livraria, ao adquirir a obra A Formulação de Objetivos Comportamentais para as aulas, de Norman Edward Gronlund.

Por meio desse manual conheci a obra clássica de Bloom, Taxonomia de objetivos educacionais, que, segundo Gronlund, “consiste em um conjunto de categorias gerais e específicas que inclui todos os possíveis resultados de aprendizagem que podem ser esperados da instrução”.
Paulatinamente, acrescentava as informações recém-adquiridas ao labor pedagógico, no entanto, era notório o hiato entre a teoria e a prática.

Somente no ano de 2002, quando estudava no curso de Pedagogia as disciplinas Metodologia do Ensino de Matemática e Metodologia do Ensino de Ciências, é que obtive mais clara e formalmente instruções concernente à taxonomia. Todavia, essas informações circunscreviam-se apenas à classificação e seriação no ensino de matemática e ciências na educação infantil. Faltava à formação acadêmica um aprofundamento teórico e metodológico a respeito do assunto. Até mesmo nas aulas de Didática e Planejamento de Ensino, a taxonomia era tratada timidamente.

A oportunidade de aprofundar-me na temática ocorreu no segundo semestre de 2004, ocasião em que fui convidado para ser colaborador do Novo Currículo de Escola Dominical da CPAD e redator das revistas trimestrais de Jovens e Adultos, aluno e mestre. Desenvolver objetivos que atendessem as três principais áreas nas quais ocorre a aprendizagem – afetiva, cognitiva e psicomotora – bem como proporcionar ao docente conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais permitiu-me um retorno a Bloom.

Por fim, o mais ingente desafio ocorreu em minha habilitação para o Ensino Fundamental em 2009 quando, na disciplina de Didática, desenvolvi um plano de aula interdisciplinar, tendo como tema gerador um livro biográfico ilustrado de Paplo Picasso.

Essas travessias fortuitas apenas descrevem a minha trajetória e portfólio pessoal em torno do tema, portanto, trata-se de algo subjetivo, empírico. A seguir discutiremos os elementos intrínsecos à disciplina.

4 comentários:

  1. Professor Esdras, onde encontro essa sua pesquisa?
    Sheila Schechtman

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  2. Encontrei o seu blog, estive a folhear achei-o muito bom, feito com muito bom gosto.Tenho um blog que gostava que conhecesse. O Peregrino E Servo.
    PS. Se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais faça-o de forma a que eu possa encontrar o seu blog para o seguir também.
    Que haja paz e saúde no seu lar.
    Com votos de um Ano Novo cheio de saúde e de grandes vitórias.
    Sou António Batalha.

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